Após alguns anos de atrasos em comparação aos lançamentos realizados por outras big techs como Google e Microsoft, a Apple deu sua primeira chance aos headsets tecnológicos com o lançamento recente do Apple Vision Pro. O início das vendas está marcado para o começo de 2024 no mercado americano, sendo expandido para outros países até o final do ano.
A maioria dos equipamentos lançados na última década, como o Meta Quest e o HTC Vive, são headsets de Realidade Virtual que incluem algumas câmeras capazes de oferecer uma experiência de baixa qualidade. Já o Quest Pro mostra o mundo ao seu redor, mas suas câmeras também não têm boa performance e experiência.
Se o Vision Pro realmente funcionar como no vídeo de demonstração mostrado durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple, isso representaria uma melhoria significativa em relação à geração atual da tecnologia.
E o que esse lançamento promete mudar tanto na vida cotidiana como na tecnologia educacional? Muito! O seu potencial é gigantesco, já que o Vision Pro é um dispositivo projetado para fundir os mundos digital e físico.
Essa ferramenta promete revolucionar o ensino, apresentando uma maneira inovadora, interativa e envolvente dos alunos experimentarem novas possibilidades. Ela usa algoritmos avançados para analisar o mundo real e sobrepor informações virtuais, o que cria uma experiência perfeita para o usuário, facilitando a interação com o mundo virtual.
O dispositivo também possui um processador generoso e uma tela de alta resolução, o que garante que as informações virtuais sejam exibidas em alta qualidade. Outra característica importante é sua facilidade de uso.
O Apple Vision Pro utiliza uma combinação única de tecnologias de Realidade Virtual, Realidade Mista e Realidade Aumentada com Inteligência Artificial para oferecer um ambiente de aprendizagem imersivo e tridimensional.
O dispositivo foi projetado para ser intuitivo e fácil de usar, facilitando o uso por qualquer pessoa. Ele também é leve e confortável de usar, o que significa que os usuários podem usá-lo por longos períodos sem sentir desconforto.
Os recursos avançados do dispositivo, como um sistema de exibição de alta resolução, entrada controlada pelos olhos, mão e voz e suporte para o novo sistema operacional visionOS aprimoram o espaço de aprendizado, indo além dos limites tradicionais de exibição.
Equipado com resolução extraordinária e um sistema de áudio espacial, permite que os alunos mergulhem em conteúdos educacionais interativos. Essa forma de aprendizado imersivo e experimental tem o potencial de aumentar significativamente a compreensão e a retenção dos alunos.
O resultado é um aprendizado mais envolvente e inesquecível, permitindo que os alunos “vivam” o conteúdo. Imagine uma aula de História em que seja possível percorrer eventos históricos, uma aula de Ciências em que se possa interagir com átomos e moléculas ou uma cirurgia realizada em um bebê antes mesmo dele nascer.
Segundo Tim Cook, CEO da Apple, o Vision Pro representa “uma plataforma de computação espacial inteiramente nova”, comparando seu lançamento ao do Macintosh e do iPhone.
E a mensagem da mensagem da Apple é clara: depois da computação móvel e dos desktops, a próxima grande era da tecnologia será a computação espacial com seus gadgets unindo os mundos virtual e físico em uma única realidade.
Chega de equipamentos desajeitados, avatares sem pernas e antissociais. A próxima era capitaneada pela Apple será de gestos simples, olhares decisivos e uma mágica capaz de revolucionar o ensino!
*Luiz Alexandre Castanha, administrador de empresas com especialização em gestão de conhecimento e storytelling aplicado à educação, coautor do livro “Olhares para os Sistemas” e é CEO da NextGen Learning.
