Nas últimas décadas, nos tornamos dependentes da tecnologia para facilitar nossas vidas diárias. Desde acordar e verificar a agenda do dia até seguir a melhor rota para um destino, a tecnologia está aí para ajudar. E não é diferente no setor logístico.
Com o tempo, a área de transportes mudou da função de back-office que era antes para um impulsionador estratégico do crescimento dos negócios. E a tecnologia tem um papel importantíssimo nessa transformação. Hoje, as principais inovações são:
- Inteligência artificial: é a ciência e a engenharia de fazer máquinas inteligentes, especialmente programas de computador. Está relacionada à tarefa de usar computadores para entender a inteligência humana.
- Machine learning: aplicação da inteligência artificial (IA), fornece aos sistemas a capacidade de aprender e melhorar automaticamente a partir da experiência. O aprendizado de máquina se concentra no desenvolvimento de programas que podem acessar dados e usá-los para aprender por si mesmos.
- Business Intelligence: aproveita software e serviços para transformar dados em insights que informam as decisões de negócios estratégicas e táticas de uma organização.
- Internet das Coisas: conceito de conectar qualquer dispositivo à internet e a outros dispositivos conectados. A IoT é uma rede gigante de coisas e pessoas – todas coletando e compartilhando dados sobre a maneira como são usadas e sobre o ambiente ao seu redor.
- Blockchain: sistema de registro de informações que torna difícil ou impossível alterar, hackear ou enganar o sistema. É um livro digital de transações que é duplicado e distribuído em toda a rede de sistemas de computador no blockchain. Cada bloco na cadeia contém um número de transações, e toda vez que uma nova transação ocorre, um registro dessa transação é adicionado ao livro-razão de cada participante.
Mas é preciso fazer uma reflexão importante. Deu para perceber que as explicações acima descrevem apenas sistemas, ferramentas modernas e muitas vezes caras? Vistas friamente, elas não são tão diferentes assim de um martelo ou uma chave de fenda, que podem construir tanto uma fortaleza impenetrável como um casebre que vai cair ao primeiro vento.
Muitas empresas resolvem adotar essas tecnologias tão inovadoras, mas sem saber como desbravar o seu verdadeiro potencial. E, sem planejamento, o investimento se tornará um verdadeiro elefante branco dentro da empresa.
O mais importante é ter, em primeiro lugar, gestão e interpretação dos dados. Será esse pensamento estratégico que levará a adoção de novos modelos de negócios e processos inovadores. O que, no final do dia, tornarão o gerenciamento de cargas mais eficiente e ágil.
O uso inteligente centraliza todos os fretes contratados. Isso ajuda a planejar e gerenciar todas as cargas com mais eficiência. O sistema mostra as informações de cada frete em um só lugar.
A instalação de rastreadores nos caminhões permite o rastreamento via GPS que mostra os movimentos na estrada de todos os veículos contratados, com visão em tempo real.
E quem trabalha com motoristas sazonais precisa se preocupar com o recrutamento e a verificação dos parceiros. Há sistemas que cruzam os dados dessas pessoas com diversos bancos de dados, realizando uma checagem minuciosa que leva em conta muito mais do que apenas antecedentes criminais, investigando até a sua situação financeira. Tudo para mitigar os riscos no transporte.
E todas essas movimentações são acompanhadas tanto no desktop como em um aplicativo. Ao oferecer uma interface direta entre o embarcador, o transportador e o carreteiro, acontece uma gestão centralizada e que traz tranquilidade a todos os envolvidos.
No final das contas, além de todos os benefícios mostrados acima, a utilização inteligente das ferramentas tecnológicas na gestão do transporte de cargas trará o maior ativo intangível de todos: segurança, a certeza de que a carga chegará no destino escolhido no tempo certo e sem nenhuma surpresa.
* Artigo escrito por Jarlon Nogueira, CEO da AgregaLog – transportadora digital que oferece soluções inovadoras de logística de transporte para a indústria. Mais informações no site