Desde a antiguidade clássica que a propaganda é utilizada para divulgar eventos e promover produtos e serviços. É preciso mostrar para aos consumidores o que a empresa oferece. Se não, como as pessoas vão saber? E isso vale para companhias de qualquer porte. Até mesmo as marcas mais conhecidas e líderes de mercado não param de investir em publicidade. E em momentos de crise, como o atual, ter uma imagem forte é imprescindível.
No Brasil, os primeiros registros são de 1800, quando teve início a história da publicidade no país. Contudo, de lá pra cá, muita coisa mudou. Além de todos os meios impressos, há rádio, televisão e a internet com suas infinitas possibilidades – sem se esquecer de que o acesso pode ser pelos computadores e também pelos dispositivos móveis. E cada meio tem as suas peculiaridades que, se não forem muito bem avaliadas, podem não surtir os efeitos esperados. Para ter bons resultados, é preciso escolher o veículo certo para atingir o público-alvo. Mas uma coisa é certa, a internet atinge cada vez mais pessoas, de todas as classes sociais e idades.
Dados da Pesquisa Brasileira de Mídia (PBM) 2015 apontam que os usuários passam em média cinco horas por dia na internet e 66% dos acessos são realizados via smartphones. Por isso, a venda destes dispositivos só aumenta. Em 2015, estima-se que cerca de 63,3 milhões sejam comercializados no Brasil, um crescimento de 16% em relação ao ano anterior, quando foram vendidos 54,5 milhões de aparelhos, segundo a consultoria IDC Brasil.
Neste cenário, não há como pensar em investir em publicidade sem considerar o on-line e principalmente o mobile. Pesquisa divulgada pela IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) aponta que no país, os gastos com publicidade digital deverão movimentar R$ 9,5 bilhões neste ano, aumentando 14% em relação a 2014. A entidade, em estudo realizado em parceria com a comScore, também mostrou os dados do ano passado, quando o investimento total em propaganda na mídia on-line brasileira ultrapassou R$ 8,3 bilhões. Divididos por áreas, o segmento de buscas e classificados foi o que movimentou o maior volume de verbas publicitárias, com R$ 3,9 bilhões; seguido por display e redes sociais, R$ 2,8 bilhões; vídeos, R$ 811 milhões; e mobile, R$ 721 milhões.
A propaganda é uma das áreas da comunicação que mais tem sofrido alterações por consequência das evoluções tecnológicas. Com as novas ferramentas surgem também novos formatos a serem explorados. Os vídeos têm crescido muito no gosto das pessoas, por exemplo. Um relatório divulgado pela Ooyala mostra que no último trimestre de 2014 pelo menos 34% dos vídeos consumidos foram executados a partir de um dispositivo mobile. O que representa duas vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2013. Ou seja, as mudanças estão acontecendo rapidamente.
O bom é que há espaço para todos se mostrarem para seus públicos, desde a grande até a pequena empresa. Basta contar com profissionais qualificados que saibam avaliar qual a melhor forma de divulgar o negócio e assim investir em ações criativas e assertivas. Vale ressaltar que o posicionamento de uma marca é resultado de como o consumidor a projeta e o valor vem das associações que são feitas com os produtos e serviços oferecidos. As marcas bem posicionadas têm maiores probabilidades de crescimento e fortalecimento.
Nos dias de hoje, as pessoas são impactadas por propagandas a todo o momento: desde a TV até nos pontos de ônibus. Mas não é tudo que a absorvido pelo consumidor. Se destacar e impactar as pessoas só é possível com criatividade e conteúdo de qualidade.
*Cleber Guerra é diretor de Criação da Settiges, agência brasileira de Design, Promoção e Propaganda (www.settiges.com.br)