Em um mundo em Revolução Industrial, metodologias ágeis, maior interatividade e estruturas mais horizontais a discussão da estratégia ainda tem um espaço fundamental nas organizações.
Não há dúvidas que as metodologias ágeis são capazes de transformar positivamente uma empresa, entregando valor continuamente, facilitando a adaptação à mudanças e simplificando a execução de tarefas.
Mas será que a adoção de processos mais ágeis desenvolvidos em metodologias como Scrum, Lean e Kanban exclui o planejamento e adoção de estratégias tradicionais de negócio?
A resposta é simples: não!
Porém esse pensamento contraria algumas ideologias atuais que muitas empresas seguem. É importante não deixar de lado modelos que pareçam mais antigos, eles têm ainda grande valor e importância nos processos de negócios. Quem diz isso é João Roncati, diretor da People+Strategy, consultor e especialista de longa data em estratégia, planejamento e gestão por competências.
E, em um mundo em Revolução Industrial, metodologias ágeis, maior interatividade e estruturas mais horizontais a discussão da estratégia ainda tem um espaço fundamental nas organizações.
“Basta olhar para o lado e verificar que nas organizações mais longevas, naquelas que há mais tempo geram valor, a discussão da estratégia é algo extremamente importante. O planejamento continua vivo e transforma as relações internas buscando maior eficiência operacional”, explica Roncati.
Para o consultor, a estratégia continua tendo o mesmo grau de importância de antes da Revolução Industrial e deve atuar em conjunto com as metodologias ágeis. “Ela é fundamental para balizar discussões sobre, por exemplo, o posicionamento da empresa dentro do mercado em que ela escolheu atuar. Já os modelos ágeis são formas de organizar a força de trabalho e intelectual para que eles sejam mais efetivos na implementação da estratégia. São forças absolutamente complementares”.
Ao invés de abandonar a discussão da estratégia, uma sugestão, segundo o especialista, é realizar um trabalho conjunto. “Convide os profissionais mobilizados e centrados nas novas metodologias para que possam enriquecer a reflexão sobre o posicionamento do mercado, ampliando a capacidade competitiva da empresa”, finaliza Roncati.