Você chega à empresa de manhã, abre seu e-mail e percebe que precisa analisar os relatórios enviados pelo RH. Enquanto faz isso, recebe também um e-mail da comunicação avisando que a promoção do e-commerce foi um sucesso. Até a hora do almoço, já foram seis planilhas preenchidas, vários telefonemas atendidos e e-mails recebidos. Já parou para pensar como tudo dentro da organização gera informação? Desde as mais simples atividades até uma decisão importante. Tudo precisa ser analisado, avaliado e direcionado para que os negócios andem dentro dos objetivos estabelecidos.
Há alguns dias participei de um evento onde debati com alguns colegas a importância dos negócios movidos à informação nas empresas. Pode parecer meio óbvio para alguns, mas muitas organizações ainda pecam em não investir na boa gestão da informação.
A gestão de informações nas organizações se tornou ainda mais importante com o surgimento dos smart devices. Só para se ter uma ideia, segundo a IDC, em 2017 haverá um aumento de 300% no tráfego wireless de dados no mundo. Para as empresas, isso significa que os consumidores terão acesso aos seus canais mais facilmente. Aquelas que fazem uso de ferramentas multicanais, por exemplo, já conseguem obter uma série de informações sobre comportamento e preferência dos seus públicos.
Agora imagine só: com tantas novidades sendo desenvolvidas no meio tecnológico, como wearable devices e internet das coisas, é bem provável que a quantidade de dados recebidos pelos seus canais cresçam ainda mais. E algumas empresas já estão atentas a essas mudanças e investindo na avaliação das informações coletadas. Um estudo recente publicado pela IDC aponta que o Big Data e os serviços de mercado irão crescer seis vezes mais que o mercado de TI até 2018. Fora os lucros, que podem chegar a US$ 41,5 bilhões neste mesmo ano.
Por essas e outras que acredito que uma organização competitiva tende a buscar vantagem competitiva a partir do seu processo informacional. Desde fontes primárias de informações, como as plataformas que avaliam o uso interno de energia, até as secundárias, que são as ferramentas que delimitam informações mais completas relacionadas às necessidades do consumidor, pressões competitivas, aspectos econômicos dos seus públicos, tendências culturais, processos de decisões dos clientes, entre outros. No final das contas, tudo pode se tornar estratégia para o seu negócio.
Para quem ainda acha que o investimento em análise de informação não vale muito a pena, vi essa semana uma pesquisa do Gartner que aponta que 73% das organizações entrevistadas aplicaram ou querem investir recursos nesses projetos nos próximos 24 meses. No ano passado eram 64%.
A história vem nos mostrando que informação é sinônimo de poder. Nenhum império ou exército conseguiu se firmar sem reis e comandantes que conheciam a fundo seu povo, o seu território e seus desafios. A tecnologia tem nos dado a chance de oferecer inúmeros recursos de comunicação, tanto aos públicos internos, quanto aos consumidores finais dos nossos produtos e serviços. Isso gera uma imensa oferta de dados que podem ser alinhados aos objetivos e estratégias corporativas. Não dá mais para fechar os olhos para essa realidade. Com o mercado cada vez mais consciente e em busca de estratégias viabilizadas por ferramentas analíticas, é importante delimitar o que pode ser feito no seu negócio para otimizar os processos informacionais. Com certeza será um investimento para o futuro.
*Por João Moretti, Head de Marketing da MC1 – multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica