A Digital Transformation tornou-se uma questão-chave na agenda corporativa. Ela não é apenas a adoção de novas tecnologias, mas também novas maneiras de tornar os negócios mais eficientes e competitivos. Segundo o Gartner, as tecnologias que sustentam este novo panorama são o que a consultoria chama de nexo das forças. Basicamente, uma combinação de ferramentas sociais, de mobilidade, computação em nuvem e informação, somadas à Internet das Coisas, computadores usáveis, máquinas inteligentes e impressoras 3D.
Os algoritmos serão os verdadeiros responsáveis por acelerar o valor dessa transformação, e é necessário saber estabelecer uma reorganização das empresas na mesma velocidade da inovação. A economia algorítmica será a energia responsável pelo grande salto representado pela evolução gerada pela Digital Transformation.
Para exemplificar melhor: todos os produtos e serviços serão definidos pela sofisticação de seus algoritmos. As organizações ou corporações serão avaliadas, não apenas por seu Big Data, mas pelo algoritmo que transforma aqueles dados em ações e naquilo que, por fim, impacta os clientes.
Para ter ideia, a previsão do Gartner é que, em cinco anos, cerca de um milhão de novos dispositivos estejam on-line a cada hora, e essas interconexões gerem bilhões de novos relacionamentos, os quais não serão conduzidos apenas pelos dados, mas, principalmente, pelos algoritmos. As companhias precisam entender as necessidades dos consumidores, saber o que eles querem e como antecipar-se a eles.
O caminho para este entendimento passa por usar ferramentas de gestão do relacionamento com clientes (CRM), de inteligência de negócios (BI), tecnologia móvel, inteligência analítica e a computação algorítmica. Afinal, a transformação acontece quando se consegue capturar todas as informações e com algoritmo fazer algo funcional e inteligente.
No atendimento ao cliente, a experiência de interação por meio de qualquer canal passa a ser fundamental para melhorar a relação com o consumidor, assim como a transformação da força de trabalho, incorporando soluções de mobilidade.
A verdade é que vender por vender não pode ser mais o objetivo. A Digital Transformation faz com que processos de automação de vendas sejam transformados em outras propostas, em que os próprios produtos podem se interligar com propostas de serviço.
Por exemplo, por meio de algoritmos um dono de uma padaria pode notar que falta um determinado item e automaticamente informa o vendedor da necessidade. Ou mesmo um consumidor final pode encontrar o estabelecimento mais próximo que tenha determinado item. Tecnologias móveis conviverão com estabelecimentos e lojas físicas.
Optar por dispositivos e aplicativos móveis é quase que essencial neste contexto. Ser mobile é ser mais presente, produtivo, competitivo e a base para inserção do Digital Transformation. Sem falar que uma estratégia de Cloud Computing bem estruturada engrossa os negócios, trazendo mais desempenho e agilidade, facilitando assim, as possíveis evoluções.
E para competir nesse mundo social cada vez mais móvel, as empresas precisam encontrar maneiras de engajar os clientes e os prospects de um modo mais digital. Modernizar aplicativos para atuar bem no espaço digital será uma verdadeira necessidade.
Hoje, as organizações com mais visão, já estão colocando o engajamento de usuários ou clientes no topo de suas prioridades de tecnologia. Análises do Gartner mostram que, conduzidas pela necessidade de pensar em toda a jornada do cliente por todas as plataformas digitais móveis, muitas empresas, cada vez mais, concentrarão seus esforços em sua própria Digital Transformation em 2016.
*Por Luciano Sandoval, diretor Comercial e Marketing da MC1 – multinacional brasileira com foco em processos e inteligência de negócios utilizando a mobilidade como plataforma tecnológica