Nos últimos dias tem se falado muito sobre qual será o próximo grande lançamento da Apple. Fãs da marca, que colecionam todas as novidades, estão ansiosos para o anúncio do mais novo produto revolucionário tanto em termos de tecnologia quanto de funcionalidades.
Há diversas especulações. Algumas delas apontam para o lançamento de um relógio, um iPhone com preço mais acessível, uma nova versão da AppleTV, um acessório para vídeo game, ou até mesmo um carro. Entretanto, algumas dessas hipóteses são questionadas por especialistas da área. A ideia do lançamento do relógio levanta mais dúvidas, já que o iPod mini com tela touch que se “transformava” em um relógio já não está sendo mais comercializado.
O iPhone mais barato é bastante provável mas não seria uma grande novidade para os fãs da Apple. A integração com os carros já está em andamento, porém não deve chegar com força este ano. Acredita-se que a televisão será o próximo destaque da Apple. Alguns já até chamam a AppleTV de “revolução silenciosa”.
A primeira geração da AppleTV foi anunciada por Steve Jobs em 2007, tornando simples e prazeroso o consumo do conteúdo digital, quando você quiser, na TV da sua sala. Outra grande utilidade da AppleTV é de poder transmitir do seu iPhone ou iPad fotos, vídeos e até mesmo jogos na televisão.
Dentro da AppleTV já se pode acessar vários provedores tradicionais de conteúdo como a HBO, ESPN, Wall Street Journal entre outros puramente digitais como YouTube, Hulu, e Netflix.
Ao invés de disputar mercado com os gigantes fabricantes de televisão como Samsung, Phillips, LG e outras, que já brigam por suas fatias de mercado e com margens de lucro bem apertadas, a Apple criou um aparelho pequeno que com uma conexão de internet se transforma na sua central de conteúdo de filmes, seriados, música, fotos e entretenimento.
Aparentemente, a mais nova ideia da marca é oferecer aplicativos de conteúdo exclusivos para os assinantes de televisão paga dentro da AppleTV, com uma interface mais atrativa, interativa e com novas funcionalidades. Um exemplo disso é a possibilidade de pular anúncios através do pagamento de uma pequena taxa que é paga através da conta da Apple. Com isso todos ganham: Apple, provedor de televisão a cabo, e o provedor de conteúdo.
É claro que os fabricantes de televisão tentam fazer cada um a sua versão da televisão do futuro com mais funções e mais integrada às novas tecnologias – dentre as concorrentes mais conhecidas estão a Samsung, Google e até mesmo a Gradiente, mas quem demonstra entender mesmo do negócio de fazer dinheiro com conteúdo com as massas é a Apple: no dia de lançamento para o público do último iPhone houve filas quilométricas nas principais lojas da marca e o mercado de aplicativos cresce exponencialmente e números absolutos e em faturamento.
Dado seu histórico com o iTunes – que vende mais música do que qualquer outro “player” do mercado mundial –, a Apple tem uma grande chance de conseguir um novo modelo de negócio junto às operadoras de TV paga e aos canais de TV, que ano após ano se adaptam cada vez mais ao exigente e veloz mercado.
Se isso se materializar, a Apple pode se posicionar também à frente do mundo de entretenimento televisivo. Apesar das novas tecnologias terem tirado o foco da TV nos últimos anos, esta ainda é a maior fonte de informação e de lazer de muitas pessoas. Vamos aguardar os próximos passos.
*por Lucas Longo, CEO e fundador do iai? – centro de treinamento e produtora referência em mobile.