A rica experiência de participar de um Comitê da ATD nos EUA*

Recentemente, as maiores lideranças no setor de treinamento e desenvolvimento de talentos dentro das empresas se reuniram para trocar conhecimento e experiências sobre o setor em um contexto global.

 A International Conference & Exposition, da Association for Talent Development (ATD), realizada recentemente em Washington, nos Estados Unidos, contou com mais de 13 mil pessoas, de aproximadamente 90 países, e como participante assíduo dos eventos da ATD nos últimos oito anos, posso afirmar: o Brasil tem um potencial gigantesco neste cenário mundial, que está sedento por troca de boas práticas na formação de gestores e consultores e de ferramentas de aprendizagem que tragam resultados reais para as organizações.

Digo isso por dois motivos. Nesta edição, eu fui gentilmente convidado para fazer parte do Comitê de “Global Perspectives Track”, onde pude avaliar as tendências em cases que influenciam na comunidade de profissionais do mundo todo, cada um se apresentando como um caminho possível de desenvolvimento de talentos globais.

Penso que minha participação, da qual me senti muito honrado, é um reconhecimento da ATD do trabalho que estamos fazendo em treinamento educacional e desenvolvimento de pessoas, já que fui o único representante latino-americano nos últimos 10 anos a estar nessa posição.

No Comitê, que fiz parte ao lado de um chinês, foram apresentados diversos cases de tecnologias de aprendizagem, soluções de comunicação, fluência digital e até de desafios de implantação de machine learning, inteligência artificial e realidade virtual no treinamento educacional. Tivemos que avaliar a profundidade, a relevância de cada um, o que traziam de ideais concretas e com referenciais teóricos para apresentar ao público.

Nessa experiência enriquecedora, pude assistir à exposição de trabalhos do Brasil e concluir que estamos em consonância às melhores práticas do segmento, apesar dos desafios de alcançar a mesma capacidade de produzir soluções em grande volume como acontece nos Estados Unidos.

A Conferência ainda teve apresentações e painéis em outros assuntos, como Talent Management, Training Delivery, Instructional Design e Learning Measurement & Analytics, com falas curiosas, instigantes e que levaram as tendências que organizações de várias partes do mundo estão reproduzindo.

Essa é a principal bagagem que trago todas as vezes que participo de eventos da ATD, e fico imensamente satisfeito em perceber nossa presença em um evento tão fundamental para quem atua na indústria, no governo, em posições de liderança.

Também muito me anima saber que o Brasil foi o quinto país em número de participantes, atrás de Coréia, Canadá, Japão e China. Países que são reconhecidos historicamente como polos de desenvolvimento tecnológico, e o Brasil se colocando na lista de forma interessada e propositiva.

São esses fatos que me fazem agradecer por estar construindo novos paradigmas de aprendizado e inovação ao lado de profissionais tão conscientes, capacitados e que traduzem a cultura de cada lugar de onde vieram. Isso porque apenas focados na criação de redes de conhecimento e de novas tendências em soluções é que conseguiremos ultrapassar os desafios que a área da educação deve superar na era da transformação digital de maneira globalizada.

*Luiz Alexandre Castanha é diretor geral da Telefônica Educação Digital – Brasil e especialista em Gestão de Conhecimento e Tecnologias Educacionais. Mais informações em https://alexandrecastanha.wordpress.com

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