Comprometimento é um valor que muitas empresas desejam em seus colaboradores. Todos tratam essa competência na equipe como essencial. O que acontece é que muitos empresários contratam qualquer um que apareça na entrevista (muitos por falta de opção) e ainda assim querem que o indivíduo seja comprometido. Uma solução específica não existe. A boa notícia é que isso pode ser amenizado na seleção.
Depois de trabalhar com mais de 1000 empresários nos últimos sete anos, percebi que existem pequenas diferenças no conceito de comprometimento que cada empresário tem. O primeiro passo é saber o que é comprometimento para você. Escreva num papel, de maneira clara, objetiva, o que isso significa. Sem superficialidades. Quando tiver certeza do que procura, terá maior clareza na seleção.
As perguntas na hora da seleção do funcionário ajudam bastante a perceber se existe comprometimento. Aqui vão três perguntas e suas explicações para que faça numa entrevista para preencher uma vaga de emprego:
1- Você já trabalhou por alguma causa (animais abandonados, natureza, crianças órfãs, torcidas organizadas, partidos políticos, grupo de oração…)?
Caso a pessoa tenha feito trabalhos com essas referências é possível presumir que ela se compromete com algo desde que acredite na causa. Então, se ele se identificar com a Visão e a Missão da sua empresa, a chance de ser um colaborador comprometido aumenta.
Já fez algum curso extracurricular (inglês, música…)? Se sim, por quanto tempo?
Realizar atividades extracurriculares é comum, porém o tempo que fez demonstra o comprometimento. Perguntar porque parou e entender o motivo também diz muito. É importante entender que as pessoas podem desgostar de algo, porém isso não pode acontecer muitas vezes e com pouco tempo.
2- Qual sua experiência profissional mais duradoura que teve? O que fazia e gostava lá naquele lugar e o que fazia mas não gostava?
Aqui é importante que a pessoa fale da rotina de trabalho e não de pessoas e/ou comportamentos. Também é importante checar a carteira de trabalho e não se ater somente ao currículo.
Transformar funcionário em colaborador não é uma tarefa fácil. É importante ressaltar que a cultura da empresa prevalece sobre os colaboradores. Seus donos e gestores precisam ser modelos vivos daquilo que esperam dos colaboradores, mas isso não deve ser “jogado na cara” a todo instante. Os exemplos, para que tenham efeito, devem ser percebidos pelos funcionários.
*Por Gustavo Winkelmann, business coaching da ActionCOACH – empresa líder mundial em business coaching para pequenas e médias empresas e primeira franquia de coaching no Brasil. Mais informações sobre coaching podem ser obtidas no link: http://actioncoach.com.br/Link_ebook