Usar celular durante as refeições, no cinema, na sala de aula, tirar uma selfie enquanto dirige e nos momentos mais rotineiros tornou-se para muitos uma prática comum. Mas como saber se estamos exagerando? Qual é o limite? Com a proposta de pesquisar, orientar e tratar o uso excessivo das tecnologias no comportamento humano surgiu o Instituto Delete, uma organização pioneira no Brasil criada dentro do Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a participação de profissionais da área de Saúde, Comunicação e Tecnologia.
“A dependência digital não está associada diretamente ao tempo dedicado aos seus dispositivos eletrônicos, mas sim a perda de controle na vida real, trazendo prejuízos nos campos pessoal, profissional, familiar, afetiva ou social”, explica o pesquisador do Instituto de Psiquiatria da UFRJ e membro-fundador do Instituto Delete, Eduardo Guedes.
Segundo um estudo recentemente divulgado no Canadá com 140 universitários apontou que 84% das pessoas que usam abusivamente de smartphones e tablets apresentam alguma lesão ou dor. Outros estudos mostraram que os efeitos do uso excessivo da tecnologia podem trazer maior nível de ansiedade entre as crianças, conflitos de relacionamento, menor concentração dentro e fora da sala de aula, entre outros problemas.
Conscientização
Com amplo fundamento acadêmico, o Instituto Delete vem realizando desde 2008 inúmeras pesquisas e escrevendo artigos científicos em parceria com escolas internacionais. “Somos a favor da tecnologia, mas defendemos o uso consciente. Já realizamos mais de 200 atendimentos e consultas no País e lançamos o primeiro livro no Brasil com o título ‘No-Mobile-Fobia’”, explica Guedes.
Seguindo esse mesmo conceito, o Instituto Delete oferece o Detox Digital, programa focado na conscientização e desintoxicação de tecnologias voltado principalmente às escolas, e que já existe em outros países (EUA, Inglaterra, Japão e China), com a proposta de oferecer orientação profissional, formando usuários conscientes digitais através de conteúdos de capacitação e conscientização em toda a escola. E fornecem as instituições o selo Escola Digital Consciente, atestado por pesquisadores de Psiquiatria da UFRJ.
“Internet e celular não podem ser tratados como brinquedos. A Internet é como a estrada da sociedade digital e o celular é o veículo para trafegar nesta rua, sem fronteiras internacionais ou culturais. É fundamental orientar e supervisionar crianças e adolescentes para usar a internet ou celular de forma consciente e segura”, conceitua Guedes.
Sobre o Instituto Delete
Instituto Delete surgiu em 2008 para promover orientação e educação para o uso consciente da tecnologia nas empresas e sociedade. Único núcleo no Brasil especializado em Detox Digital e Certificação Digital, originado no Instituto Psiquiatria da UFRJ. Responsável pelas primeiras pesquisas sobre dependência de celular no Brasil dentro da UFRJ e pelas escalas de dependência de WhatsApp, Internet, Celular e Facebook. Lançaram o primeiro livro no Brasil sobre dependência tecnológica (No-Mobile-Fobia). Mais informações em www.institutodelete.com