Pensando na necessidade que as empresas têm em adotar recursos de tecnologia móvel, listei, aqui, os dez principais erros que uma empresa não deve cometer quando for implantar essas soluções.
• Saber o que quer
Não ter a noção exata do problema a ser solucionado com a aquisição da ferramenta. Por exemplo: Muitos compram ferramentas de Inteligência de Negócios (BI), mas não têm a expertise de utilização para análise e montagem de uma estratégia de negócio. É muito importante a criação de uma lista de requisitos com as funcionalidades dos processos, técnicos e de suporte que a empresa precisa atender com a ferramenta.
• Planejamento
Não entender que, por mais que uma ferramenta seja um produto, ela estará inserida em um projeto na sua empresa, onde precisaremos de pessoas disponíveis, prazos de implementações, infraestrutura adequada, capacitação e etc. A falta desses itens, acarreta num desvio de qualidade, prazo e custo.
• Benchmark
Deixar de conhecer outros clientes de seu fornecedor, de preferência que atuem no mesmo segmento que o seu, para avaliar a ferramenta, os ganhos e benefícios que conquistaram com o uso da ferramenta. Fazer isso para todos os fornecedores das ferramentas que estão no processo de escolha ajuda muito a contextualizar suas necessidades e situa a empresa num cenário mais adequado às suas necessidades.
• Processos Empresariais
Muitas vezes as empresas contratantes não têm processos internos definidos e deixam sua criação para o momento de aquisição da ferramenta. Com isso, descobrem que a ferramenta pode não ser mais aderente e que não será tão fácil ajustá-la. Em outros casos, empresas tentam adequar seus processos a uma ferramenta e podem descobrir que esse ajuste pode custar mais que a aquisição dela própria.
• Pessoas
Não envolver as pessoas corretas na análise da ferramenta e não consultar os atores envolvidos para entender os pontos críticos do campo e quais informações a hierarquia superior necessita. A implementação de uma ferramenta via top-down em casos que não houve estudos dos processos em campo mostram-se desastrosas devido à rejeição ou não aderência aos processos.
• Capacidade da Empresa Fornecedora
Qual o tamanho da estrutura do seu fornecedor? É importante se informar se ele tem os produtos, as pessoas e os processos que possam estar lado a lado com as necessidades e com a evolução do mercado. Muitas empresas tendem a estender suas operações para outros canais ou mercados e se veem restringidas pelo potencial dos seus parceiros tecnológicos.
• Pensar em Longo Prazo
Não avaliar a evolução tecnológica, situação da empresa contratada e potencial de crescimento da sua empresa. Diante disso, ferramentas se tornam obsoletas em um prazo muito curto. Não é raro identificar que durante o período de implementação de uma ferramenta ela se demonstra obsoleta.
• Suporte
Muitas ferramentas são apresentadas como intuitivas e infalíveis, mas, na prática, podem se mostrar complexas e fazer com que sejam necessárias equipes para suportar seus usuários e apoiar nas pendências técnicas e de infraestrutura. Quando a empresa tem operações no exterior deve-se levar em consideração o idioma dos atendentes, o fuso-horário e SLA de suporte.
• Custos
Não dimensionar o custo de implementação, suporte e modalidades de licenciamento. Às vezes o valor de implementação é baixo, mas o custo no período de licenciamento inviabiliza o projeto. Muitas vezes, uma empresa escolhe uma ferramenta mais barata sem os benefícios de uma com valor maior ou vice-versa, claramente pensando no valor investido e não no retorno.
• Integração de Informações
Não avaliar o fluxo de processos e a integração das diversas áreas da empresa. Com isso compram-se ferramentas que são stand-alone, ou seja, que não se integram a nenhum sistema existente na empresa, fazendo com que cadastros, processos e análises sejam duplicados na organização. O resultado disso é o sistema ficar completamente isolado e, em geral, é deixado para trás em planejamentos de evoluções futuras.
Gostou das dicas? Então está na hora de colocá-las em prática para obter o sucesso em sua empresa e não se esqueça de planejar sempre.
Rubens Fiasche é gerente de Pré-Vendas da MC1 WinTheMarket*