Sua empresa não se adaptou à indústria 4.0? Veja o que está perdendo*

Você se lembra quando os professores de História e Geografia falavam da Revolução Industrial? O desenvolvimento tecnológico que revolucionou a forma de trabalhar nas indústrias começou no século 18 e até hoje não dá sinais de desaceleração. Chegamos à Quarta Revolução Industrial, também conhecida por muitos como Indústria 4.0. 

Ela representa uma mudança fundamental na forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos uns com os outros. É um novo capítulo no desenvolvimento humano, possibilitado por extraordinários avanços tecnológicos proporcionais aos da primeira, segunda e terceira revoluções industriais. 

Esses avanços estão fundindo os mundos físico, digital e biológico de maneiras que criam grandes promessas. A velocidade, amplitude e profundidade dessa revolução nos obrigam a repensar como os países se desenvolvem, como as organizações criam valor e até mesmo o que significa ser humano. 

E, embora muitas organizações ainda neguem como a Indústria 4.0 pode impactar seus negócios ou lutem para encontrar o talento ou conhecimento para saber como adotá-la da melhor forma para seus casos de uso exclusivos, várias outras já trabalham hoje em um mundo onde a inteligência das máquinas melhora seus negócios.

A única constante é a mudança. Essas palavras são tão verdadeiras agora quanto eram quando o filósofo grego Heráclito as pronunciou há mais de 2,5 mil anos. Pelo que sabemos, a mudança pode até estar se acelerando: afinal, a tecnologia cresce e se desenvolve a um ritmo diferente de tudo que já vimos antes.

Os impulsionadores mais importantes dos novos modelos de negócios neste admirável mundo novo são tecnologias que já remodelam as indústrias hoje: acesso global à Internet de alta velocidade, Internet das Coisas (IoT) e empresas que adotam análise de big data e tecnologia de nuvem. 

Mas elas não apenas avançam mais rápido do que nunca. As empresas também estão se tornando mais rápidas na sua adoção.

Por exemplo, espera-se que 85% das empresas expandam seus esforços em análise de big data até o final de 2023. Esse ritmo sinaliza um movimento maior em direção a novas tecnologias e computação em nuvem. 

E o melhor: mais organizações percebem que é sim possível ter valor (e resultados) reais quando inovações são implementadas corretamente. Estamos, finalmente, vivendo em uma nova era de negócios focados em dados – e o cenário será ainda mais positivo quando o 5G começar a funcionar em massa. 

Quando o assunto são os robôs de inteligência artificial, para muitos é difícil não pensar em um futuro distópico. Felizmente isso não acontecerá tão cedo, mas as coisas estão definitivamente mudando. 

Robôs estacionários, robôs terrestres e drones são cada vez mais usados ​​em fábricas, agricultura e outros setores. Já quando falamos de RPA (Automação de Processos Robóticos), o Gartner prevê que o mercado chegue a US$ 2,9 bilhões até o final de 2023.  

O avanço da digitalização das indústrias tem impacto direto na economia. Um estudo da McKinsey estima que, com a implementação de tecnologias possíveis pelo avanço da Quarta Revolução Industrial, o Brasil poderá gerar lucros de mais de US$ 210 bilhões até 2030.

A questão é que apenas 5% das organizações acreditam estar “muito preparadas” para enfrentar os obstáculos da Indústria 4.0. E são vários os fatores que interferem nos avanços: fornecedores despreparados, altos investimentos em tecnologias e a mudança de cultura.

Mas, felizmente, aos poucos as barreiras que impedem a massificação são desconstruídas. Empresas com mindset inovador nascem para quebrar paradigmas e trazer ao mercado uma nova maneira de fazer negócios, ajudando outras corporações a participar da transformação digital. Com coragem, resiliência e agilidade, mostram que é possível sim ter melhorias radicais em produtividade e automação.

*por Welington Machado – Diretor de Transformação Digital da Kakau Tech – empresa inovadora e focada em integrar tecnologias digitais aos negócios. Mais detalhes em www.kakautech.com